Na época de nossos pais!

 

Estamos vivendo um momento único em nossas vidas com uma mudança total no comportamento das pessoas, seja no campo pessoal ou no profissional, com a inserção do mundo digital no dia a dia!

Temos inúmeros aspectos benéficos. Discorreria parágrafos e parágrafos pra pontuar os avanços e melhorias, além do bem social, com acesso mais facilitado de todos ao conhecimento, seja qual assunto for, ali em nossas mãos a medida de um clique!

Mas, meu objetivo com esse pequeno "pensamento escrito" pretende pontuar algo que tenho percebido ao longo, especialmente dos 2 últimos anos, que demonstra um momento nesse processo, onde parece;houve uma ruptura. Um momento onde a sensibilidade ficou a margem.

Percebe-se um gap de inteligência, desconstrução da relação interpessoal, no entendimento do nível de urgência, na exigência inconsistente, na imposição de demandas sem conhecimento de causa, ou seja, um enrijecimento na relação entre empresas, chefe e colaboradores, na exposição de empresas e profissionais nas redes sociais, criando uma postura de autoridade por técnica e não por inspiração!

Uma total disrupção, palavra de ordem, muita utilizada no setor corporativo, mas que me aproprio dela aqui para apresentar um cenário incongruente - muito mais rude, sem nenhum bom senso, pregando o medo frente a sobrevivência, manutenção do emprego e dos contratos firmados.

Vivemos um momento onde a dificuldade das empresas e da nova relação com o trabalho, comportamento e mercado criou um sentimento de propriedade, não mais de cumplicidade e parceria.

Vejo ansiedade demasiada, urgências não necessárias, uma falta de educação formal, entre profissionais e seus gestores / clientes e seus fornecedores, o não reconhecimento do retrospecto!

Um modelo que traduz o conceito: "Não fez mais que a sua obrigação".

Vejo necessidades inconsistentes, amadorismo nas tomadas de decisões, muita falta de conhecimento, o parecer sendo mais importante que o ser! Novos modelos de "tudo", sendo inventados a todo tempo, implantados por quem nem mesmo tem grandes retrospectos de validação.

Não faço aqui a apologia da discórdia e das novas ferramentas e canais, mas da forma com a qual nós seres humanos, estamos fazendo uso disso.

Onde está a humanidade? O compromisso com o retrospecto, com a educação no trato de relacionamento, na humildade em ouvir, ou seja onde está o ambiente amistoso que lembro, com meus 54 anos, tive contato na relação com meu pai nas empresas onde trabalhou, na sua postura entre amigos e na convivência familiar.

Saudade da época de nossos pais!
#semhashtag

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